Júlio defende fim da reeleição: “Não foi benéfica para o País”

Proposta no Congresso põe fim à recondução aos cargos de presidente, governador e prefeito
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Julio Campos (União) se posicionou contrário à reeleição para cargos do Executivo no Brasil. Para ele, a reeleição – em especial no Executivo – favorece a corrupção.

A reeleição é um assunto tão polêmico que não tem como o partido fechar a questão
“O cidadão assume o governo hoje já pensando na sua reeleição e não governa, praticamente. O cara já é nomeado e quebra o Estado, como aconteceu no passado. Vários políticos, já pensando na reeleição, usaram e abusaram do recurso público”, afirmou Julio.
A declaração foi dada por conta da discussão sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece mandato único de cinco anos para presidente da República, governadores e prefeito. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, e ainda precisa passar pelo Plenário.
Julio, que já foi prefeito de Várzea Grande, governador do Estado e ocupou cargos no legislativo do País, afirmou que o tema é “polêmico” entre os políticos, e o União não deve indicar como votar no Congresso.
“A reeleição é um assunto tão polêmico que não tem como o partido fechar a questão. Porque uma grande parte dos políticos brasileiros, de todos os partidos, defende de que tem que acabar a reeleição”, disse.
“A reeleição não foi benéfica ao país. Nós sabemos que esse volume de corrupção que acontece na política brasileira é fruto dessa história de mandato de oito anos”, completou.
A PEC também propõe eleições unificadas a partir de 2034, com todos os cargos eletivos sendo disputados no mesmo ano. A reeleição foi instituída no país em 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e desde então tem sido alvo de críticas quanto ao seu impacto sobre a governabilidade e o uso da máquina pública.
Veja vídeo: