Políticos de MT abraçaram a campanha pela anistia por votos bolsonarista

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O cenário político de Mato Grosso em 2025 foi marcado pela participação ativa de suas principais lideranças em manifestações nacionais e locais em defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O governador Mauro Mendes (União) abraçou de vez o bolsonarismo participando dos dois primeiros atos no Rio de Janeiro em março deste ano, e em São Paulo no mês de abriu, onde realizou o controverso gesto de juramento pela anistia na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Neste ato, o governador fez um juramento com o braço esquerdo, com a mão espalmada para cima. Ao ser anunciado pelo locutor, que destacou sua filiação ao União Brasil e o apoio à anistia, Mauro Mendes pegou o microfone e exclamou: “Sim, por Deus, pela Pátria, pela liberdade, sim!”.

 

Além dele, participaram o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e vários políticos bolsonaristas do Estado. A participação do governador tinha um único objetivo político: garantir o apoio de Bolsonaro para a sua candidatura ao Senado e para o vice Pivetta, postulante ao governo.

 

Com o apoio, o grupo do governador tiraria o senador Wellington Fagundes (PL) da disputa. Porém, com a prisão de Bolsonaro e seu isolamento, Fagundes consolidou o nome. No cenário, o apoio de Bolsonaro para Mendes e Pivetta é incerto.

 

Sempre que questionado sobre o tema, Mendes justifica seu apoio ao criticar o rigor das sentenças impostas pelo Judiciário. “Sou favorável que aquelas pessoas que invadiram e depredaram o patrimônio público, sejam penalizadas. Agora, não na proporção que elas estão recebendo”, declarou o governador, argumentando que existem crimes mais graves com punições menores.

 

A participação de Mendes nos atos nacionais também gerou repercussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O deputado Lúdio Cabral (PT) chegou a apresentar um requerimento solicitando informações sobre os gastos da viagem do governador ao Rio de Janeiro, mas o pedido foi rejeitado pela maioria da Casa após um intenso debate entre parlamentares da base e da oposição.

 

Já o prefeito Abilio também marcou presença nos atos nacionais e defendeu a legitimidade da participação de políticos nas manifestações. O liberal causou polêmica ao afirmar que o uso de verbas de gabinete por parlamentares para comparecer aos eventos seria permitido por se tratar de um tema em debate no Congresso Nacional.

 

“A manifestação em defesa da anistia, que é um projeto que está na Câmara Federal, é um ato parlamentar”, justificou o prefeito, embora tenha ressaltado que custeou a própria viagem.

 

O senador Wellington Fagundes (PL) foi outro nome de peso de Mato Grosso presente nas mobilizações no Rio de Janeiro, onde afirmou que “o povo não aguenta mais viver em um país sem liberdades”.

 

Em Mato Grosso, o epicentro dos protestos foi a Praça do Choppão, em Cuiabá. O ato “Reaja Brasil”, realizado em 3 de agosto, contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro via videochamada, uma vez que ele estava impedido judicialmente de participar presencialmente.

 

No local, o vereador Rafael Ranalli (PL), um dos organizadores, foi enfático ao declarar que “Cuiabá não aceita ditadores” e que o movimento lutava contra o que classificou como “ditadura do Judiciário” e a existência de “presos políticos”.

 

As comemorações de 7 de setembro também foram transformadas em palanque para a pauta da anistia. Durante o evento na Avenida Getúlio Vargas, o vereador Tenente-Coronel Dias (União) defendeu a mobilização como forma de resistência.   “Precisamos mostrar coragem pelo nosso país, por um Brasil livre”, afirmou. O evento reuniu ainda nomes como os deputados federais Coronel Fernanda (PL) e Nelson Barbudo (PL), além de deputados estaduais como Gilberto Cattani (PL) e Elizeu Nascimento (PL), reforçando a unidade da direita mato-grossense em torno do tema.

 

Atualmente a campanha está morta, já que o filho do ex-presidente Flávio Bolsonaro (PL), aceitou o PL da dosimetria, que foi aprovado no Congresso Nacional e reduz a pena de todos os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.   O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiantou que irá vetar o projeto. Depois, ele retornará ao Congresso para que os parlamentares derrubem ou mantém o veto do presidente.

 

A proposta também será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará sua constitucionalidade ou não.

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