Mauro ignora pressão de Jayme e diz desconhecer pré-candidatura; ‘qualquer um pode falar’
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Montagem GD
O governador Mauro Mendes (União) voltou a minimizar, nesta quinta-feira (11), a pressão do senador Jayme Campos (União) para emplacar sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso em 2026. Questionado sobre o assunto, Mendes afirmou desconhecer qualquer comunicação oficial do correligionário e reforçou que o debate eleitoral só ocorrerá “no momento certo”. Além disso, reforçou que qualquer filiado pode se lançar candidato, mas só passará para disputa caso seja aprovado nas convenções partidárias do ano que vem.
As declarações de Mauro Mendes ocorrem um dia após Jayme Campos afirmar, mais uma vez, que não abre mão de ser candidato ao governo.
“Eu já disse: qualquer filiado ao partido pode lançar o que quiser. Quem quiser falar que é candidato, pode. Isso não é proibido, é um país democrático. Qualquer um pode se lançar, pode falar. Isso é definido nas convenções partidárias”, afirmou à imprensa.
O governador ressaltou que Jayme Campos nunca o informou oficialmente sobre a pré-candidatura. Todavia, entende que a disputa de 2026 ainda está distante e adianta que o tema não faz parte de suas preocupações imediatas.
“2026 ainda é muito longe. Não sofro por antecipação. Parte da imprensa fala muito em eleição. Eu falo de gestão, do dia a dia do governo e me preocupo com entregas. Ele não comunicou oficialmente para mim. Jayme tem trajetória, é senador da República, tem dimensão e estatura para candidatar. Mas vamos dizer somente em março o nosso candidato.”, emendou.
Jayme reafirma candidatura e cobra espaço
Em vídeo publicado nas redes sociais, Jayme exaltou sua trajetória e afirmou que seu “histórico fala por si só”. Ele disse disputar o governo para “gerar mais oportunidades, fortalecer a economia, ampliar políticas sociais e garantir dignidade aos mato-grossenses”.
“Não abro mão da minha candidatura. Doa a quem doer”, disse o senador, que já foi prefeito de Várzea Grande, governador de Mato Grosso na década de 1990 e cumpre agora seu terceiro mandato no Senado.
Nos bastidores, porém, Jayme não encontra o apoio que esperava dentro da própria legenda, que formou federação com o Progressistas. Parte das lideranças do União Brasil e PP tem se alinhado ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
Cenário dividido
Mesmo assim, Jayme insiste na candidatura e afirma que apresentará seu nome “de forma humilde” à federação.
“Claro que não [vou recuar], até porque não tem nada oficialmente. No momento oportuno, pedirei ao dirigente do grupo que convoque uma reunião para colocar minha candidatura dentro do União e da federação. Tenho 74 anos, faço política porque gosto. Jayme Campos tem 40 anos de vida pública.”


