“Amália apresentou Pivetta a Bolsonaro; ele é alinhado à direita”

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Thiago Boava disse que conversou com Bolsonaro sobre o nome de Pivetta ao Governo

Yasmin Silva/MidiaNews

Pré-candidato a deputado federal, o produtor rural Thiago Boava, que é viúvo da ex-deputada Amália Barros

Pré-candidato a deputado federal, o produtor rural Thiago Boava, que é viúvo da ex-deputada Amália Barros

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Pré-candidato a deputado federal, o produtor rural Thiago Boava (PL), viúvo da ex-deputada Amália Barros (PL), afirmou que foi ela quem apresentou o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Amália o apresentou como um gestor trabalhador, uma pessoa alinhada ao que nós acreditamos

Segundo ele, o encontro, realizado após a eleição de Amália, aproximou o gestor mato-grossense do campo político conservador, com o qual, na avaliação de Boava, Pivetta tem afinidade natural.

“A Amália, enquanto deputada, chegou a levar o senhor Otaviano Pivetta ao PL para conhecer o Bolsonaro, bater um papo com ele. Ele até ganhou uma medalha 3i e me mandou um vídeo brincando. A Amália o apresentou como um gestor trabalhador, uma pessoa alinhada ao que nós acreditamos”, relatou, em entrevista ao MidiaNews.

No mês passado, o MidiaNews noticiou, em primeira mão, que Bolsonaro havia se manifestado em favor da pré-candidatura de Pivetta na sucessão do Palácio Paiaguás em 2026.

Nos bastidores, Boava e Amália, que já tinham amizade com Pivetta, foram apontados como dois dos articuladores que aproximaram as duas lideranças e teriam incentivado o ex-presidente a considerar o nome do vice-governador para a disputa.

Questionado sobre esse papel, Boava confirmou que conversou com o ex-presidente sobre Pivetta e disse ter passado sua visão sobre a política em Mato Grosso. Porém, negou que tenha influenciado em qualquer decisão de Bolsonaro.

“Obviamente, quando me era perguntado, eu dizia que o via com bons olhos e, vendo-o como vice-governador, imaginava como seria fazendo a sucessão”, declarou.

“A gente teve um bom avanço nesses quase sete anos completos do governo Mauro Mendes. Acredito que ele foi um bom governador e é uma dupla que deu certo. Entendo que Pivetta é um bom nome para fazer a sucessão e continuar no mesmo rumo. Aquela frase: ‘time que está ganhando não se mexe’”, completou.

Boava também lembrou que, quando era viva, Amália, além de apresentar Pivetta a Bolsonaro, mantinha admiração pela forma de gestão do vice-governador. Para ele, Pivetta tem o que é necessário para conquistar o voto da direita.

“O que geralmente é burocratizado, complicado e cheio de promessas, ele simplifica. E como a proposta política pela qual a Amália entrou e pela qual eu estou me propondo é para deixar tudo simples mesmo, criou-se uma amizade, um vínculo de afeto”.

 

“Acredito, sim, que ele preenche os requisitos para ter esse voto da direita, caso se concretize o apoio do próprio partido, o apoio do presidente”, disse.

 

 

Relação próxima

 

Ele nos ajudou muito com dicas de campanha e com uma visão prática de política. Criou-se um vínculo de afeto e respeito

Boava relatou que a amizade com Pivetta começou durante a campanha de Amália à Câmara Federal, em 2022. Segundo ele, o vice-governador foi um dos primeiros a oferecer apoio e orientações à então candidata, que ainda não tinha experiência em disputas eleitorais.

“Conhecemos o senhor Otaviano ainda na campanha da Amália, e ele foi muito solícito. Percebemos ali que estava nascendo uma grande amizade. Ele nos ajudou muito com dicas de campanha e com uma visão prática de política. Criou-se um vínculo de afeto e respeito”, contou.

O pré-candidato afirmou ainda que Pivetta acompanhou de perto o trabalho parlamentar de Amália e atuou para garantir que suas emendas chegassem aos municípios mesmo após seu falecimento, em maio de 2024.

“As emendas da Amália ele tratou diretamente comigo, para blindar e garantir que chegassem da forma que ela queria. Algumas ainda estão no caixa do Estado, mas ele manteve o compromisso. Gosto muito dele como pessoa e acredito que seria um excelente governador para Mato Grosso”, disse.

Aval do partido

 

Mesmo diante da movimentação em torno do possível apoio de Bolsonaro à pré-candidatura de Pivetta, Boava ponderou que o apoio ainda precisa ser oficializado publicamente pela família Bolsonaro.

“Esse apoio está sendo comentado, mas ainda não foi declarado pelo próprio Bolsonaro. Caso aconteça, acredito que haverá um pronunciamento dele ou da Michelle. Ainda há muitas questões a serem definidas”, afirmou.

O produtor rural ressaltou que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Wellington Fagundes, que também é pré-candidato ao Governo, devem participar das discussões internas sobre o rumo do partido em Mato Grosso.

 

“São decisões que passam pelas lideranças. O Valdemar, o próprio presidente Bolsonaro, o senador Wellington, o Ananias [presidente estadual do PL]… Tudo isso precisa ser construído. Eu sou muito novato para me meter nisso”, concluiu.

 

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