Chamada de mentirosa, prefeita cobra apoio e medidas do PL

Chamada de mentirosa, prefeita cobra apoio e medidas do PL
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Fred Moraes

fred.moraes@gazetadigital.com.br

Montagem GD

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), desabafou sobre o cenário enfrentado em sua gestão recentemente. No Encontro PL Mulher, em Sorriso (398 km de Cuiabá), no último sábado (1), ela levou para a direção nacional do partido o ataque sofrido por parte do vereador Samir Japonês (PL), que a chamou de “mentirosa” numa discussão sobre falta de água.

Em seu discurso, Moretti relatou episódios de violência política de gênero, vivenciada dentro do próprio partido, denunciando Samir. A prefeita pediu apoio do grupo e medidas para inibir este tipo de atitude.

“Nós, mulheres do PL, precisamos mostrar força e união. Convoco os homens para enfrentarmos também a violência política de gênero que não acaba no nosso país, sendo de direita, mais ainda somos violentadas. Eu falo porque sofro violência na tribuna da Câmara de Vereadores, por vereadores”, declarou a prefeita.

 

Com a voz embargada, Moretti explicou que a fala do vereador impactou em sua vida privada, citando ações da mãe e do filho. “Tenho sofrido semana por semana, dia a dia, por violência. Isso reflete direto na minha família, na minha mãe e filho, que choram por me chamarem de mentirosa”, expôs.

Além do correligionário, alguns seguidores bolsonaristas foram mencionados na denúncia, ao revelar que sua busca por recursos federais e reuniões com ministros ligados ao presidente Lula (PT) desperta crítica dos mais “ferrenhos”.

“Sofro a mesma violência nas redes sociais, me imputando porque peço recursos em Brasília. Minha cidade é pobre e precisa de recursos do governo federal sim. O dinheiro que está lá e é nosso”, destacou.

“Prefeita mentirosa”

Durante sessão extraordinária na quarta-feira (29), o embate entre Samir Japonês e Cleyton Nassarden, o Sardinha (MDB), acabou respingando na prefeita. A confusão começou quando o vereador Sardinha foi à tribuna para rebater críticas de grupos de WhatsApp, direcionado por pessoas próximas de Samir, que não cobrava soluções para a crise de abastecimento de água no município por ser vice-líder do governo.

 

Sardinha revelou que a esposa de Samir ocupa um cargo no Departamento de Água e Esgoto (DAE), com salário de cerca de R$ 8 mil.

A fala irritou Samir, que reagiu de forma explosiva. Ele subiu à tribuna, chamou o colega de mentiroso, disse que “a tribuna virou uma porcaria” e resgatou antigas acusações pessoais contra o vereador, citando supostos casos de traição e até de sexo no gabinete. O parlamentar partiu para o ataque contra a prefeita, a quem chamou de “mentirosa” e responsabilizou diretamente pela crise da água.

 

“Fui para as ruas, cobrei e cobro a água pela cidade, todo dia. A culpa dessa porcaria da água é do Jayme, Kalil que não resolveu e essa mentirosa, Flávia Moretti”, disparou.

 

A fala reverberou negativamente na Casa, já que Samir ocupa cadeira no Legislativo em função do vereador titular estar como secretário na gestão Moretti, que o próprio inclusive participou e foi líder.

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