Júlio: Mendes está indeciso sobre Senado, pois quer inaugurar obras

Ele teria que renunciar em abril para disputar eleição, mas entrega de obras pode ficar para final de 2026
Victor Ostetti/MidiaNews
O deputado Júlio Campos, que falou sobre Mauro Mendes ao Senado
GIORDANO TOMASELLI E VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Júlio Campos (União) disse crer que o governador Mauro Mendes (União) ainda não decidiu se deixa a função em abril de 2026 para disputar uma cadeira no Senado. Segundo ele, a maior preocupação é quanto as obras da atual gestão que ainda não estão concluídas.
O governador expôs a preocupação com relação à sua possível saída abril do ano que vem
Mendes é um dos cotados para ocupar uma das duas vagas de senador que estarão em disputa no próximo ano. Ele, porém, precisa deixar o cargo em abril, conforme estabelecido na legislação eleitoral.
Segundo Júlio, o governador expôs a preocupação em uma reunião com membros do União Brasil, realizada no último dia 14, no Palácio Paiaguás.
“O governador expôs a preocupação com relação à sua possível saída abril do ano que vem. Disse que está um pouco indeciso e até certo ponto preocupado”, disse Júlio em conversa com a imprensa.
“Ele gostaria de entregar as grandes obras que o seu governo vem executando e elas podem não ser concluídas daqui até abril”, acrescentou.
As obras seriam o BRT ligando em Cuiabá e Várzea Grande, quatro hospitais regionais e mais o Hospital Júlio Muller na Capital. Ainda, o túnel no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, e o Parque Novo Mato Grosso, que é vista como a obra dos sonhos do governador.
A reunião com os membros do União foi para ‘aparar as arestas’ após um jantar com a presença de lideranças políticas do estado, incluindo Mendes e o vice Otaviano Pivetta (Republicanos), em um jantar na fazenda do megaempresário do agro Eraí Maggi, com o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira.
O encontro na fazenda teria selado o apoio do grupo à candidatura de Pivetta ao Paiaguás e incomodou algumas lideranças do União, que defendem que o partido tenha candidatura própria ao governo, como a do senador Jayme Campos.