Frigoríficos suspendem compras e preocupam pecuaristas de MT

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Presidente da Acrimat relata impacto na compra e venda de gado após tarifaço dos Estados Unidos

MidiaNews

O presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Junior: impacto no setor

O presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Junior: impacto no setor

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

A tarifa de 50% imposta ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começou a impactar o setor pecuário de Mato Grosso. Nesta quinta-feira (10), frigoríficos do Estado começaram a paralisar as compras de gado, gerando preocupação entre produtores e entidades representativas.

Os frigoríficos já fecharam a compra de gado. Não abriram, estão esperando para ver o que vai acontecer

 

Segundo o presidente da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Oswaldo Pereira Ribeiro Junior, após o anúncio das novas taxas, as empresas de abate bovino demonstraram receio em adquirir novos animais.

“Os frigoríficos já fecharam a compra de gado. Não abriram, estão esperando para ver o que vai acontecer. Essa notícia tem um impacto como se fosse sanitário. Porque, para tudo e vamos pensar no que vai acontecer”, afirmou.

Ainda de acordo com Ribeiro Junior, a paralisação afeta diretamente a escala de abates, gerando um efeito cascata no setor. Quanto maior o tempo de espera para o abate, maior o custo de produção, além de afetar o nível de empregos tanto em fazendas quanto em frigoríficos, o que pode resultar no aumento do desemprego a médio e longo prazos.

“Hoje, todas as ações dos frigoríficos baixaram”, disse.

 “O pecuarista fica inseguro, porque precisa escoar seu estoque. Estamos na época da seca, e ele precisa vender o mais rápido possível, já que esses animais estão perdendo peso. Isso prejudica muito. Você, diminuindo o abate, diminui a contratação de funcionários, tanto nas fazendas quanto nos frigoríficos”, concluiu.

De acordo com Riberio Júnior, os Estados Unidos representam cerca de 3% das compras de carne bovina de Mato Grosso, o que corresponde a aproximadamente 300 mil toneladas por ano.

Com o aumento das tarifas, o preço da tonelada da carne brasileira pode chegar a US$ 8.600, o que inviabiliza a competitividade do produto no mercado internacional.

 

“Na hora em que a tonelada da nossa carne sobe de quatro, cinco mil e poucos dólares para oito mil e seiscentos, estamos fora desse mercado. Não conseguimos mais competir com ninguém: nem Nova Zelândia, nem Austrália, México, Paraguai, Uruguai ou Argentina. US$ 8.600 o preço no Brasil tira a gente do jogo”, disse Ribeiro Junior.

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