No comando da mesa técnica, Sérgio Ricardo defende CPI na AL; ‘pode nos ajudar muito’

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ALMT
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE), Sérgio Ricardo, afirmou que não vê problemas na abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos empréstimos consignados Assembleia Legislativa em paralelo à mesa técnica do órgão. Sua avaliação contraria a justificativa de parte do Legislativo de que as investigações do tribunal impediriam debates na casa de leis.
Em entrevista à imprensa, Sérgio disse que qualquer instrumento de investigação pode auxiliar a buscar soluções diante do super endividamento dos servidores públicos estaduais ocasionados por cobranças e juros indevidos de empréstimos consignados.
“Veja, eu entendo que todos os mecanismos são importantes. CPI é um mecanismo importante. A mesa técnica é um mecanismo importante. Os resultados da mesa técnica, existindo uma CPI, podem ajudar muito. Eu entendo que todos os agentes precisam trabalhar, estarem presentes nesse processo”, argumentou presidente.
Questionado se, caso estivesse na condição de deputado, assinaria um dos requerimentos para CPI, o presidente foi firme em sua resposta: “não tenha dúvida, assinaria uma CPI sim”.
Apesar de incentivar a CPI, Sérgio disse que não enxerga uma Assembleia inerte as denúncias. Segundo ele, a aprovação em do projeto de lei 976/2025, que dispõe sobre limites e condições para as consignações em folha de pagamento dos servidores, mostra o empenho em auxiliar as investigações.
“A Assembleia Legislativa aprovou um projeto. Esse projeto foi o resultado de uma sugestão do Tribunal de Contas, de não se descontar mais do que 35%. Então veja que os entes estão trabalhando muito”, avaliou.
Como mostrou o , na Assembleia dois requerimentos solicitando CPI circulam entre os deputados. Um, apresentado por Henrique Lopes (PT), autor da audiência pública que levou Basílio Bezerra, secretário de Planejamento e Gestão, a Casa de Leis, e outro assinado por Gilberto Cattani (PL). Alguns deputados afirmam que assinarão o requerimento que tiver o “parecer ideológico” mais próximo. Os servidores temem que os dois pedidos dividam votos e não haja assinatura suficiente para abertura da CPI.