Juíza mantém prisão de influencer que divulgava ‘tigrinho’

Juíza mantém prisão de influencer que divulgava ‘tigrinho’
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Mariana da Silva

redacao@gazetadigital.com.br

Divulgação/PJC

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A juíza Raissa da Silva Santos Amaral, da 4ª Vara Criminal de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá), manteve a prisão temporária de Luiz Gustavo de Almeida Silva, após audiência de custódia na segunda-feira (9). Luiz Gustavo foi detido durante Operação Tiger Hunt, deflagrada em que foram cumpridas 21 ordens judiciais contra uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato e falsidade ideológica por meio da exploração de jogos de azar, especialmente o “Jogo do Tigrinho”.

 

Conforme a decisão, além da manutenção da prisão, a magistrada, por lógico, indeferiu o pedido de revogação formulado pela defesa durante a audiência de custódia. “Logo, mantenho a prisão temporária de Luiz Gustavo de Almeida Silva pelos próprios fundamentos objetos da decisão. Por consequência lógica, indefiro o pedido de revogação formulado durante a audiência de custódia. PROVIDENCIE-SE o necessário para a regularização da prisão de Luiz Gustavo de Almeida Silva. INTIME-SE”, cita.

Conforme apurado pelo , Luiz Gustavo atua como digital influencer e publicava conteúdos relacionados a jogos de azar. Na internet, Luiz se apresenta como “gamer profissional, investidor esportivo e proprietário de uma empresa”. Durante buscas feitas em sua residência, os investigadores apreenderam uma caminhonete Hilux, uma moto aquática, celular e computador.

 

Em 5 meses de investigação, a polícia identificou um grupo criminoso que, por intermédio de influenciadores digitais, criou um esquema de fraude para promover lançamentos diários de novas plataformas de jogos ilegais online, em especial o ‘Jogo do Tigrinho’. Os influenciadores incentivavam os seguidores a apostarem. Além disso, apareciam em vídeos mostrando que jogavam e ganhavam altos valores, em poucos segundos, com apostas de valor baixo.

 

No entanto, eles usavam uma versão de demonstração, chamada “demo”, que tinha senhas programadas para apresentar resultados vitoriosos, com intuito de captar maior número de apostadores com a farsa. Consta ainda que os investigados compravam CPF de pessoas em situação de vulnerabilidade, por R$ 50 a R$ 100, forçando-as a realizar cadastro em bancos digitais para utilizar os sites de apostas, bem como lavar dinheiro das empresas.

 

Segundo a polícia, foi constatado o aumento expressivo do patrimônio dos investigados, que compraram carros de luxo, imóveis, motos aquáticas, joias e faziam viagens e ostentavam uma vida que a população média não tem acesso.

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