Flamengo não tem time titular definido, e Filipe Luís está de boa com isso

Flamengo não tem time titular definido, e Filipe Luís está de boa com isso
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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Não peça para Filipe Luís recitar os 11 titulares do Flamengo. Se insistir, a resposta será evasiva, e o técnico não vê problema algum nisso.

 

Também pudera: em termos de resultados e desempenho, o time é o melhor do Carioca. Os rivais estão penando. Além disso, o Flamengo sobrou diante do Botafogo e abocanhou a Supercopa do Brasil. O começo de 2025 é promissor.

A dinâmica de rodar o time é explícita. Tudo para não acelerar demais em fevereiro e ver o time se esfacelar em abril, como no ano passado. De quebra, ainda consegue contar com várias alternativas para mudar o rumo dos jogos.

Apesar da mescla feita por Filipe Luís (mesmo em clássicos), há posições que aparentam já ter um dono. Mas essa não é a regra. Tudo isso faz parte de um plano respaldado pela diretoria.

COMO ELE MONTA O TIME?

“Para brigar por titulo, um time tem que dominar dois sistemas”, diz o técnico.
Em 2025, a preferência é pelo 4-4-2, que varia para o 4-2-3-1.

Na hora de montar o time, Filipe Luís começa sua escalação “ao contrário”: a partir do centroavante. E aí, vai preenchendo o efeito dominó.

Nesta segunda-feira (17), Bruno Henrique é dono indiscutível do ataque. A questão é quem vem depois, terminando no goleiro Rossi -outro nome certo.

No caso do ataque, BH está intocável ao menos enquanto Pedro seguir na recuperação da grave lesão no joelho. Juninho chegou do Qarabag e também está no estaleiro, sem contar a fase de adaptação ao futebol brasileiro.

Outro nome fácil de incluir é o de Gerson. Capitão, inquestionável e dono da faixa direita – mas pode atuar pelo meio também. Além disso, Wesley está voando na lateral, também por aquele lado. Tem vantagem sobre Varela.

Pulgar e De La Cruz têm proeminência como dupla de meio-campo. São jogadores das suas respectivas seleções. Na lateral esquerda, Alex Sandro também mostrou estar à frente de Ayrton Lucas.

ONDE ESTÁ O DILEMA, ENTÃO?

Faltam quatro posições.

“O time titular é feito durante a semana, dependendo do que os jogadores falam para mim no campo. Eu vejo o que está acontecendo, como estão se relacionando, a química entre eles. Não posso decidir o time titular de daqui a duas semanas. Eles têm que ganhar a vaga deles todos os dias, todos os treinos. E me deixar com dor de cabeça, como os zagueiros estão fazendo agora”, explicou o técnico do Fla.

Léo Ortiz, Danilo e Léo Pereira. Qual será a dupla? Filipe não crava, mas tem se derretido por Ortiz (Zico que o diga) e Danilo, sem ignorar a boa fase de Léo Pereira.

A briga é pesada. Danilo chegou bem demais da Juventus e é o atual capitão da seleção. Ortiz também foi convocado recentemente. Mas Léo Pereira é o único canhoto do trio.

Ainda não tem nada definido. A concorrência entre eles vai elevar o nível. Alguns vão ficar bravos comigo, mas acredito que o campo fala. Se os três estivem insubstituíveis eu vou ter que jogar com os três. Mas com tantos jogos, todos vão jogar. Filipe Luís, técnico do Flamengo

Mas se a ordem cronológica da escalação começa pelo ataque, já se depara com o dilema antes mesmo de discutir quais serão os zagueiros. Há assuntos pendentes em posições ofensivas.

O que fazer com Arrascaeta, por exemplo? O uruguaio é um jogador que Filipe trata como “único”. Ganhou a camisa 10. Mas está em fase de recondicionamento físico e precisa de minutos. Aos 30 anos, traz o auge do lado cognitivo do jogo.

No desenho tático de Filipe Luís, é uma espécie de segundo atacante. Não precisa voltar tanto para marcar – embora o treinador sempre exija pressão na saída de bola do adversário.

O ponto é que Plata “arrombou a porta”, nas palavras do técnico, para ser titular do time. Tem rendido muito bem desde o ano passado. Filipe parece postergar ao máximo uma decisão definitiva sobre esse espaço no time. E sair invicto dos clássicos recentes não foi definitivo para um desenho mais concreto do time titular.

“Eu penso sempre em função do adversário. A temporada é longa”, explicou.

Algo parecido acontece na ponta esquerda. Cebolinha fez um golaço contra o Vasco, após substituir um Michael machucado.

E ainda tem Luiz Araújo que pode tanto entrar como ponta direita, fazer o segundo atacante pelo meio ou ocupar a faixa esquerda.

Filipe tem comunicado bem aos jogadores que, por ora, o momento é rodar todo mundo. Isso ameniza eventuais insatisfações. Na fase de classificação do estadual, só resta mais um jogo. Depois, vem o mata-mata. Brasileirão? Só em 29 de março.

“Vamos continuar usando todos os jogadores para chegar bem no começo do Brasileirão, sem ter um time titular. O principal é conseguir dosar para que eles possam chegar ao começo do Brasileiro da melhor forma possível para desempenhar toda a temporada”, explicou o técnico do Flamengo.

Fonte: noticiasaominuto.com.br

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