“Se cenário econômico der uma pioradinha, as coisas podem complicar”, diz Mauro ao avaliar governo Lula

Da Redação – Airton Marques
O governador Mauro Mendes (União) fez uma análise alarmante sobre o governo do
presidente Lula (PT), que completa a metade de seu mandato. Em entrevista ao Jornal da
Jovem Pan, na noite deste sábado (28), Mendes apontou que o governo petista não tomou
as medidas necessárias para conter gastos públicos no início da gestão e ressaltou que uma
piora no cenário econômico pode agravar os desaos enfrentados pelo Executivo federal.
“Eu torço para que quem está no poder dê certo, pois se der errado, quem paga a conta no
m do dia é aquele com menor condição social. Nunca joguei contra, posso até discordar,
mas sempre de maneira respeitosa”, armou Mendes. O governador destacou que Mato
Grosso fez a “lição de casa” ao equilibrar suas contas e criticou a centralização de recursos
em Brasília. Segundo ele, a dependência de repasses federais, muitas vezes condicionados a
decretos e barganhas políticas, prejudica a autonomia dos estados.
Mendes também criticou o decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública que regula
o uso da força por policiais. Ele considera que a medida não resolve os problemas de
segurança pública e classicou a condicionalidade de repasses federais ao cumprimento das
diretrizes como inecaz.
O governador ressaltou que o governo Lula perdeu o “bônus político” típico do início de um
mandato e enfrenta um Congresso com forte oposição. “Quem tomou medidas corretas no
começo colherá o bom resultado. Quem não tomou, a tendência é car mais complicado. O
Congresso está um pouco arredio, existe uma oposição forte, e isso pode complicar o
cenário político para tomar decisões.”
A análise de Mendes ocorre em meio à disparada do dólar, que superou R$ 6,30 em
dezembro, evidenciando a crise scal enfrentada pelo governo. Apesar do crescimento
econômico acima do esperado, da baixa taxa de desemprego e da aprovação da reforma
tributária, a desvalorização do real trouxe incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas e
o controle do endividamento.
pioradinha, creio que as coisas podem complicar para o governo e para o Brasil”, concluiu
Mauro Mendes.