Jayme cita MT e diz que políticos usam fundão como ‘balcão de negócios’
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Pedro França/Agência Senado
O senador Jayme Campos (União) criticou a distribuição do Fundo Partidário, recurso público que é destinado para custear a campanha eleitoral de candidatos no período eleitoral. Na tribuna do Senado, na terça-feira (12), o parlamentar citou Mato Grosso e afirmou que a verba muitas vezes é utilizada como “balcão de negócios”.
“Outro assunto que deve ser debatido com mais clareza aqui é o Fundo Partidário. Lamentavelmente, tiro base por Mato Grosso, muitas vezes vejo candidato recebendo R$ 2, 3 milhões e vai para urnas e tem 400, 500 votos. Passa a ser um verdadeiro balcão de negócios. Quem tá pagando a conta aqui é o cidadão brasileiro que já paga uma carga tributária, uma das maiores do planeta”, declarou o senador.
Jayme pontuou que o Fundo Partidário muitas vezes beneficia candidatos com expressivos recursos, sem que estes demonstrem, na prática, um retorno de votos que justifique os valores investidos. Em seu discurso, ele defendeu a reavaliação da distribuição desses recursos e, inclusive, sugeriu uma possível redução significativa no montante anual destinado à verba.
“Então, acho que tem que ser revisto a distribuição, se por ventura continuar. Tem alguns projetos, algumas conversações. A possibilidade de reduzir de R$ 5,3 bilhões para no máximo para R$ 1 bilhão”, afirmou.
O congressista ainda defendeu que candidatos não dependam exclusivamente de recursos do Fundo Partidário para alcançar o eleitorado. “É aquela velha história, se quiser ser candidato, tenha boa proposta, gaste saliva, sola de sapato e tenha o poder de convencimento do eleitor para que eles possam se convencer de sua fala”, concluiu Campos.