Defesa protocola recurso para libertar ex-presidente acusado de desvio milionário

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Os presos na Operação Bilanz, que apura desvio de R$ 400 milhões da Unimed Cuiabá, passam por audiência de custódia, na sede da Justiça Federal, nesta quarta-feira (30). O advogado Marlon Latorraca, que atua na defesa do ex-presidente Rubens de Oliveira Júnior e da ex-diretora financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, já protocolou recurso para a liberdade dos clientes.
Além dos dois, foram presos na operação Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, Jaqueline Proença Larrea e Tatiana Gracielle Bassan Leite.
Leia também – Na saída da Justiça Federal, o advogado confirmou a pressa em protocolar o recurso.
“Eu que estou correndo para peticionar e ver se a gente consegue liberar eles ainda hoje, mas o advogado Alex Arruda está acompanhando (a audiência)”, disse.
Esquema na mira
A Unimed Cuiabá – que é a operadora de saúde suplementar de maior abrangência do Estado, com 220 mil usuários, possuindo 60% de market share e tendo 1.381 médicos cooperados – descobriu um prejuízo contábil de R$ 400 milhões.
Em março de 2023, após uma disputa eleitoral histórica na qual os cooperados elegeram o médico urologista Carlos Bouret para presidir a Unimed Cuiabá, deu-se início à descoberta de uma série de anormalidades que estavam sendo cometidas pela gestão anterior, que tinha como presidente o médico Rubens de Oliveira.
Além de Rubens, a ex-gestão era composta pelo ex-CEO, Eroaldo Oliveira, e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte.
Em 27 de junho, os cooperados reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) tiveram conhecimento dos resultados apresentados pela auditoria, PP&C Auditores Independentes, quanto ao balanço revisado. Conforme relatório, existia uma perda de aproximadamente R$ 400 milhões no balanço fiscal de 2022, contrapondo os R$ 371,8 mil positivos que haviam sido apresentados pela gestão anterior.
As irregularidades apontadas pela auditoria contratada evidenciaram uma administração incorreta, que comprometeu a saúde financeira da Unimed Cuiabá. Dentre pontos críticos estavam a construção de dois empreendimentos – a sede do hospital próprio e um espaço de cuidados terapêuticos – que custaram R$ 95 milhões e não foram entregues em sua totalidade. (Com informações da assessoria de imprensa)