Juiz cita frieza e mantém presos mãe, filho e cunhado que mataram 2

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Juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, manteve as prisões de Bruno Gemilaki Dal Poz, Eder Gonçalves Rodrigues e Inês Gemilaki, envolvidos nos homicídios de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, ocorridos em abril deste ano. O magistrado considerou a frieza e a brutalidade do crime.
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (25). Considerando que o trio está preso há cerca de 3 meses, o magistrado pontuou que deve verificar a necessidade da manutenção das prisões. Ele afirmou que a medida extrema está perfeitamente justificada “e não se verificou qualquer alteração substancialmente fática desde a data da decisão que a decretou”.
O juiz destacou que os indícios de autoria foram apontados por documentos, como boletim de ocorrências, depoimentos e também pelas filmagens obtidas pela polícia. Ele citou a frieza dos suspeitos ao cometerem o crime e esclareceu que a prisão é necessária para garantia da ordem pública.
“No caso em apreço, o decreto preventivo em face dos réus deverá se dar pela garantia da ordem pública, especialmente pelo cometimento de crimes com elevado grau de reprovabilidade e brutalidade e pela frieza de sua autoria, na medida que a infração foi praticada em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas, justificando, por si só, a custódia antecipada dos suspeitos”, disse o juiz.
Na mesma decisão o magistrado deu prazo de 10 dias para que a Delegacia de Polícia de Peixoto de Azevedo apresente os laudos periciais dos exames balísticos e do corpo das vítimas.
O caso
Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz e o cunhado dela, Edson Gonçalves Rodrigues, foram denunciados pelo Ministério Público pelos homicídios qualificados das vítimas Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, no último dia 21 de abril. Outras duas vítimas foram feridas, uma delas a que era o principal alvo de Inês. Também foi requerida uma indenização de R$ 2 milhões às famílias dos que morreram e aos sobreviventes.
Inês e Bruno estavam em um aniversário na casa de Edson quando a mulher chamou os dois. Eles saíram de carro até a casa onde estavam vítimas, todos armados. Inês entrou no local e atirou contra as 4 pessoas, conseguindo matar duas. Mãe e filho se esconderam em uma fazenda e Edson foi para outra cidade com seu irmão, esposo de Inês. Eles foram presos dias depois.
Sobre o desentendimento entre Inês e a vítima que ela tentou matar, “Polaco”, a cunhada dela disse que o homem havia reclamado com Inês quando ela alugava a casa dele, sobre as condições da piscina. Nisso Inês descobriu que o homem estava vendo as imagens das câmeras de segurança e ela resolveu desligar as câmeras, já que tinha o costume de andar só de calcinha e sutiã. A mulher temia que ele já tivesse a visto nua.
O homem então pediu a casa de volta e se iniciou uma briga judicial por cobrança de possíveis prejuízos. O dono da casa perdeu o processo, mas não teria gostado da situação e daí se iniciaram as brigas e ameaças.
A cunhada ainda disse que no sábado (20) Márcio havia ido à casa dela e de seu marido, e disse para não irem mais à residência dele, pois na tarde daquele dia 6 homens teriam ido lá atrás de Inês, dizendo que queriam matá-la. Márcio conversou com estes suspeitos e nada aconteceu.