Número de profissionais do Mais Médicos dobra em 18 meses em Mato Grosso

Nos últimos 18 meses, Mato Grosso quase dobrou o número de profissionais no Programa Mais Médicos. Crescimento é maior que a média nacional. Levantamento do governo federal mostra que dos 24.894 médicos e médicas atendendo em todo Brasil, 359 deles estão atuando no estado, sendo a maioria formada por mulheres e que integram equipes de Saúde da Família (eSF). O programa também registrou pouco menos da metade dos profissionais trabalhando em regiões com alto Índice de Vulnerabilidade de Saúde (IVS) dentro do estado.

Até dezembro de 2022, Mato Grosso abrigava 180 médicos do programa. 18 meses depois, com novos editais e melhorias no programa, já são 359 profissionais, o que configura um aumento de 99,4%. O percentual do estado está acima da média nacional divulgada pelo Ministério da Saúde.

Dos médicos presentes no estado, a maioria deles é de brasileiros (340 profissionais) e mulheres (55,7%). Além disso, dos 359 médicos, 182 possuem idade entre 30 e 39 anos. Há uma vaga do programa ocupada por indígena, enquanto 36,77% são pretos ou pardos e 49,86% brancos.

Dos quase 360 profissionais, 310 deles integram equipes de Saúde da Família (eSF) e 137 estão em regiões de médio ou alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).

Cuiabá se destaca por ter recebido 17 trabalhadores nos 18 meses avaliados, o que significa mais que o dobro da quantidade presente até dezembro de 2022, que eram 14.

Apesar do aumento no número de profissionais, é importante destacar que Mato Grosso é o estado que ocupa a 8° posição entre os que possuem menos médicos vinculados ao programa em números absolutos. Considerando o Distrito Federal, o estado fica na 9° posição.

O Mais Médicos é seleciona e direciona os profissionais para áreas de escassez, buscando possibilitar atendimento para os usuários do Sistema único de Saúde (SUS).

Média Nacional  

Em dezembro de 2022, 12.843 profissionais atuavam no programa. Desde 2023, com a recomposição, o governo federal quase dobrou a quantidade de profissionais e implementou melhorias no modelo.

No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 3,1 mil profissionais, com um diferencial. A seleção traz, de forma inédita, vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

“O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Com esse edital, nós retomamos a meta dos 28 mil médicos. Pela primeira vez o edital é feito seguindo a política de cotas aprovada em lei que é prioridade do Governo Federal. Cumprimos, assim, a nossa visão de inclusão”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O programa integra um conjunto de ações e iniciativas para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), espaço em que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.

O programa existe para enfrentar também desigualdades regionais. Leva médicos a regiões onde há escassez ou ausência de profissionais e investe na qualificação e formação, no intuito de resolver a questão emergencial do atendimento básico, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.