Ex-Sesp nega participação em esquema para transferir presos

Bustamante disse que foi envolvido de forma errônea ou maliciosa pelos investigadores
O ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, classificou como “falsas acusações” o trecho da investigação Operação Ragnatela que cita a possível participação dele em um esquema para transferência de presos em Cuiabá.

Seu nome foi envolvido de forma errônea ou maliciosa pelos responsáveis e os envolvidos na investigação
Investigações da FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar revelou um diálogo entre o investigado Willian Aparecido da Costa Pereira, o “Gordão”, e o policial penal Luiz Otávio Natalino, sobre uma negociação em dinheiro para as transferências de presos em Cuiabá.
“Desses prints é possível perceber que Winkler encaminha cópia de ofício solicitando a permuta dos presos e informa que o valor seria R$ 20.000,00 por cada preso, totalizando R$ 100.000,00”, diz as investigações.
As conversas, ocorridas em junho de 2020, envolveriam Bustamente (leia mais AQUI).
“Alexandre Bustamante não teve participação em nenhuma negociata de transferência de presos. A transferência de presos no Estado de Mato Grosso segue um protocolo rigoroso que não perpassa pelo Secretário de Segurança”, disse o ex-secretário, por meio de nota.
“Durante seu período na Secretaria de Segurança, Bustamante não teve qualquer contato com os envolvidos nas supostas irregularidades, e no período acredita que estas transferências não ocorreram”, afirmou.
“Temos a convicção que houve um equívoco na análise das informações ou que seu nome foi envolvido de forma errônea ou maliciosa pelos responsáveis e os envolvidos na investigação”, continuou a nota.
Ele também critica a investigação: “Causa surpresa que os documentos, que se tornaram públicos, que mencionam a transferência de presos, não tenham sido verificados antes da operação ser deflagrada”.
“Alexandre Bustamante reitera que sempre esteve e estará à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos necessários. Entretanto, ele não se manifestará publicamente sobre o assunto até o final das investigações, tendo em vista seu histórico profissional de combate às organizações criminosas”, concluiu.