MP livra marido e denuncia mulher, médico e cunhado por duplo homicídio
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O promotor Alvaro Padilha de Oliveira, da 1° Promotoria de Justiça Criminal de Peixoto de Azevedo, denunciou Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz e o cunhado dela, Edson Gonçalves Rodrigues, pelos homicídios qualificados das vítimas Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, no último dia 21 de abril. Também foi requerida uma indenização de R$ 2 milhões às famílias das vítimas e aos sobreviventes. Ele pontuou que o crime foi motivado por uma dívida de Inês.
O representante do Ministério Público citou que no dia do crime os suspeitos invadiram a casa de uma das vítimas, conhecida como Polaco, onde ocorria uma confraternização, e efetuaram disparos contra a residência.
Inês entrou no local onde as pessoas estavam e conseguiu matar Pilson e Rui. Ela ainda disparou contra outros dois homens que sobreviveram.
“Todos os elementos colhidos confirmam que os denunciados realizaram a execução devido a uma dívida de Inês Gemilaki com a vítima Enerci, referente a um contrato de locação. Isso porque a denunciada residiu em um imóvel de propriedade da vítima, que ajuizou uma ação de cobrança contra ela”, disse o promotor.
Ele então ofereceu denúncia contra Bruno, Edson e Inês pelos homicídios, com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. O promotor arrolou 8 testemunhas (entre elas uma vítima).
Márcio Ferreira Gonçalves, marido de Inês, preso acusado de participação no crime, não foi denunciado. Márcio, assim como a cunhada dele, afirmaram em depoimento que ele não foi à casa onde estavam as vítimas, que só se encontrou com seus familiares horas depois, na fazenda. O MP se manifestou pela a revogação da prisão preventiva dele.
O Ministério Público ainda pediu pagamento de R$ 1 milhão aos familiares de Pilson, R$ 700 mil à família de Rui e R$ 150 mil para cada uma das duas vítimas sobreviventes.
Briga com dono de imóvel
Sobre o desentendimento entre Inês e a vítima que ela tentou matar, Polaco, a cunhada disse que o homem havia reclamado com Inês quando ela alugava a casa dele, sobre as condições da piscina. Nisso a mulher descobriu que o homem estava vendo as imagens das câmeras de segurança e ela resolveu desligar as câmeras, já que tinha o costume de andar só de calcinha e sutiã. Ela temia que ele já tivesse a visto nua.
O homem então pediu a casa de volta e se iniciou uma briga judicial por cobrança de possíveis prejuízos. O dono da casa teria perdido o processo, mas não teria gostado da situação e daí se iniciaram as brigas e ameaças.
A cunhada ainda disse que no sábado (20) Márcio havia ido à casa dela e de seu marido, e disse para não irem mais à residência dele, pois na tarde daquele dia 6 homens teriam ido lá atrás de Inês, dizendo que queriam matá-la. Márcio conversou com estes suspeitos e nada aconteceu.