Acusado diz que foi ameaçado e coagido a participar do crime em Peixoto de Azevedo

Acusado diz que foi ameaçado e coagido a participar do crime em Peixoto de Azevedo
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Informação consta no depoimento da esposa de Eder Rodrigues, cunhado de Inês Gemilaki

Reprodução

Eder Gonçalves Rodrigues (detalhe) aparece nas imagens das câmeras de segurança

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Investigado por envolvimento no duplo homicídio de Peixoto de Azevedo, o confeiteiro Eder Gonçalves Rodrigues, de 40 anos, alegou ter sido coagido a participar do crime pela pecuarista Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz.

Você está com a gente ou contra nós

 

Inês é esposa de Márcio Ferreira Gonçalves, irmão de Eder. Os quatro estão presos acusados pela morte de Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e de Rui Luiz Bogo, de 57, no domingo (21).

 

No depoimento da esposa de Eder, ela conta que o marido ligou e disse que Bruno teria apontado uma espingarda calibre 12 em sua direção. Nesse momento Inês teria dito: “Você está com a gente ou contra nós?”.

Em seu próprio depoimento, Eder ficou em silêncio e disse que só falaria em juízo.

 

Conforme o documento, Inês, Bruno e Márcio estavam na casa de Eder comemorando um aniversário. Inês e Bruno estariam ingerindo bebida alcoólica.

 

A depoente revelou que Márcio chamou a atenção da esposa, pedindo para que ela parasse de beber. “Porém, ela disse que queria beber e era pra ele deixar ela ser feliz”, diz trecho.

 

Márcio teria saído da casa dizendo que iria até sua oficina para terminar o conserto de um carro.

 

Conforme o depoimento, em determinado momento, quando estava acabando a cerveja, Inês balançou a chave do carro e chamou Eder para ir junto. Ele então disse à esposa que pensou que iriam comprar mais cervejas.

 

Os três, Inês, Bruno e Eder, saíram da casa por volta das 14h. O crime aconteceu por volta das 15h15.

 

Eder teria entrado em contato com a esposa às 17h, dizendo que “Inês e Bruno haviam feito uma cagada e levado ele junto”.

 

O homem detalhou o que teria acontecido na casa do alvo do ataque, apelidado de Polaco – que sobreviveu -, na residência que antes a pecuarista alugava para Inês.

 

Eder disse que saiu com o intuito de comprar mais cerveja, mas que ao chegar próximo da camionete de Inês, “Bruno lhe apontou uma espingarda cal. 12 e pediu para entrar no carro e dirigir”.

 

Foi nesse momento que Inês teria questionado: “Você está com a gente ou contra nós?”. A pecuarista portava um revólver.

 

À esposa, Eder contou que Inês e Bruno desceram do carro portando as armas, que entraram na casa “atirando e mataram algumas pessoas”, e que depois saíram e foram embora.

 

O homem disse que chegou a descer do carro, mas que “não entrou na casa e não portava qualquer arma”.

 

Às imagens das câmeras de segurança, no entanto, mostram Eder segurando o que parece ser uma arma de fogo, ao menos no quintal da vítima.

 

Após a fuga, eles teriam ido direto para a fazenda de Inês.

 

Nessa primeira versão, Eder alega que o irmão não estava no local do crime, e que soube do ocorrido após uma ligação da esposa. Segundo a Polícia, no entanto, Márcio ficou no veículo, esperando para auxiliar na fuga da família.

 

Márcio e Eder foram presos em uma residência na região Central de Alta Floresta. Já Inês e Bruno foram presos em uma fazenda em Peixoto de Azevedo.

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