Investigador preso ganhou medalha ao mérito e recebia R$ 22 mil

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Marcos Paulo Angeli integra os quadros da Polícia Civil desde 2002 segundo dados do Portal Transparência

Angélica Callejas/MidiaNews

O investigador da Polícia Civil, Marcos Paulo Angeli (detalhe), que foi preso na Operação Diaphthora

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O investigador da Polícia Civil Marcos Paulo Angeli foi um dos presos da Operação Diaphthora, deflagrada nesta quarta-feira (17) contra um “gabinete do crime” montado na Delegacia de Peixoto de Azevedo.

 

Além do investigador, o delegado titular da cidade, Geordan Fontenelle, também foi detido na manhã de hoje.

 

Eles são apontados como mentores e articuladores de uma quadrilha que oferecia vantagens indevidas à presos e investigados, mediante pagamento de propina.

 

Conforme divulgado no Portal Transparência, Angeli integra o quadro da Polícia Civil desde março de 2002. Atualmente, o salário do investigador é de R$ 22,3 mil bruto e R$ 14,9 mil líquido.

 

 

Em março deste ano, Angeli foi condecorado com a medalha de Mérito Policial.

 

Ainda não há informações dos valores movimentados pelo grupo criminoso ou de quando teriam iniciado as atividades ilícitas.

 

Operação Diaphthora

 

A investigação identificou que os policiais civis teriam formado uma quadrilha que oferecia “serviços” a um advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo. Aos servidores, foram imputados os crimes de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.

A Policial Civil recebeu denúncias pelo Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, revelando situações como solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.

Segundo a Polícia, o mentor e articulador era o titular da delegacia, Geordan Fontenelle, e o investigador Marcos Paulo Angeli, que se aliavam ao advogado e aos garimpeiros.

Conforme o inquérito, o delegado e o investigador exigiam pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.

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