Veja lista dos 20 presos em operação contra esquema de facção

Entre os detidos, estão dois advogados e a esposa do tesoureiro do grupo, informou a Polícia
GCCO
Policiais da unidade especializada cumpriram mandados de prisão em três municípios de Mato Grosso
DA REDAÇÃO
A Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular um grupo acusado de lavar dinheiro de uma facção criminosa, resultou na prisão de 16 pessoas somente nesta terça-feira (2).
Na última sexta-feira (29), um desdobramento que antecedeu a operação havia prendido quatro integrantes importantes do grupo em Maceió (AL), totalizando 20 mandados de prisão cumpridos.
Eles foram identificados como Paulo Witer Farias Paello, o “W.T”, que seria líder do esquema, Andrew Nickolas Marques dos Santos, Alex Junior Santos de Alencar e Tayrone Junior Fernandes de Souza.
Nesta terça, a operação ocorreu em Cuiabá, Chapada dos Guimarães e São José dos Quatro Marcos. Os detidos foram Cristiane Patrícia Rosa Lins, esposa de “W.T”, e os advogados Jonas Cândido da Silva, que é pré-candidato a vereador em Cuiabá, e Fabiana Félix de Arruda Souza.
Além deles, também foram presos Fagner Farias, Maria Aparecida Coluna, Maria Henrique Tavito, Jaiane Suelen Silva de Arruda, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Emilly Vitória, Emanuelle Antônia da Silva, Fabiana Maria de Cerqueira dos Santos, Guemiel Alves dos Reis, Thassiana Cristina de Oliveira, Renan Freire Borman, Joventino Xavier e Mayara Bruno Soares.
O esquema
Segundo a GCCO, o esquema movimentou, ao todo, R$ 65.933.338 no período de dois anos. A investigação teve início após os policiais apurarem que “W.T”, principal alvo da operação e acusado de traficar drogas no Bairro Jardim Florianópolis, se tornou tesoureiro da facção depois de que saiu da prisão.
“W.T” é acusado de comprar inúmeros bens imóveis e veículos com valores adquiridos com as práticas criminosas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e, posteriormente, convertido em ativos lícitos para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.
Além da movimentação bancária, a investigação identificou a aquisição de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na Capital, todos adquiridos em nome de um “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação.
Também foram descobertas as aquisições de veículos com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos automóveis.