TCE marca audiência para tentar solucionar ‘calote’ da prefeitura com servidores da Saúde
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Assessoria
Presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, marcou para próximo quarta-feira (3), a realização de uma mesa técnica para buscar uma solução ao atraso de pagamentos da Prefeitura com os servidores da Saúde de Cuiabá.
Os trabalhadores estão vinculados à Empresa Cuiabana de Saúde, que atendem o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e o Hospital São Benedito.
De acordo com Ricardo, a reunião vai apresentar solução para quitação dos débitos da Prefeitura com a empresa e de insalubridade dos servidores. Ele afirma, que, nas últimas semanas, membros da corte de contas têm recebido médicos, prestadores de serviço das áreas de ortopedia, neurologia e anestesia, que apresentam uma situação delicada em relação à falta de pagamentos, que pode agravar ainda mais a crise na saúde, com paralisação de cirurgias e atendimentos em Cuiabá.
“Há um clima de tensão, ameaças de greves, paralisação nos atendimentos. Então, hoje estamos dando mais um passo importante em busca de soluções para o fim dessa crise na saúde da nossa Capital. Vamos instaurar a mesa técnica com foco na resolução dos problemas no HMC e no São Benedito, que concentram quase 100% das demandas de média e alta complexidade do estado, e na regularização da insalubridade dos servidores. Vamos colocar na mesma mesa a Prefeitura de Cuiabá, o Governo do Estado, o Ministério Público e todos os atores para buscar uma solução definitiva”, pontuou Sérgio Ricardo.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que todo o passivo da saúde está sendo levantado e será apresentado durante a mesa técnica na próxima semana. “Parabenizar e agradecer ao Tribunal pela iniciativa, pela seriedade e o compromisso social com que conduz situações como essa, que vão desaguar numa mesa técnica para que os problemas sejam resolvidos de forma consensual”, destacou.
Relator das contas da Capital, Novelli salientou que o intuito do Tribunal de Contas é solucionar a questão da alta complexidade do estado e asseverou que não existe possibilidade de nova intervenção na Saúde. “A mesa é o caminho para tomar todas as decisões para não haver uma paralisação nos atendimentos, que não são só de Cuiabá, mas de 60% a 70% do estado. Vamos chamar a Saúde estadual para participar e ver que forma pode contribuir. Por meio de uma comunicação dialógica, vamos achar um caminho para sociedade continuar contando com os serviços do HMC e do São Benedito”, disse.