Novo modal poderá usar mesma estrutura construída para o BRT

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A possibilidade de substituir o atual Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) pelo Bonde Urbano Digital (BUD) gerou polêmica e dúvidas entre a população esta semana. A ideia foi levantada pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), após viagem ao Paraná, primeiro estado da América do Sul a testar a tecnologia.
Em setembro deste ano, o próprio governador Mauro Mendes (União) reforçou que o governo já realizava estudos sobre o tema “há algum tempo”, mas mantinha a ideia “debaixo dos panos” sob a justificativa de que a gestão prioriza “fazer” em vez de apenas “falar”.
A polêmica gerou preocupação entre os cuiabanos, considerando o histórico do transporte coletivo na cidade. O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), previsto para a Copa de 2014, nunca foi concluído e os trens acabaram vendidos ao governo da Bahia. Já o BRT, escolhido posteriormente, também enfrenta atrasos e problemas de implementação.
Apesar do temor, a justificativa é de que o BUD poderá utilizar a mesma pista que está sendo construída para o BRT, sendo a principal diferença o modelo mais moderno e tecnológico, que mantém semelhança estética com o ônibus rápido.
No Paraná, o BUD será testado na linha Pinhais-Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O veículo combina características do VLT e do BRT, mas é guiado por indução magnética no asfalto, sem necessidade de trilhos físicos, reduzindo custos de implantação. Com sistema de transporte público elétrico com pneus, seguem por um “trilho virtual”, via marcadores e sensores no asfalto.
O sistema, fabricado pela chinesa CRRC Nanjing Puzhen, tem capacidade para transportar até 280 passageiros por vez, em 10 quilômetros de extensão, com velocidade máxima de 70 km/h e operação bidirecional.