Campos nega ‘pressão’ para retirar nome e condena vereador por ‘cachorra viciada’

Campos nega ‘pressão’ para retirar nome e condena vereador por ‘cachorra viciada’
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Mariana Lenz e Silvano Costa

redacao@gazetadigital.com.br

Chico Ferreira

Chico Ferreira

O deputado Júlio Campos (UB) defendeu, nesta quarta-feira (27), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, proposta pela deputada Edna Sampaio (PT), e garantiu que não está entre os 6 parlamentares que retiraram a assinatura de última hora. Campos ainda reconheceu a necessidade de uma punição ao vereador Gilson da Agricultura (UB), de mesma sigla, que chamou a prefeita de Pedra Preta (238 km ao sul de Cuiabá) de “cachorra viciada”.

 

A CPI, que até terça-feira (26) possuía 13 assinaturas, sofreu uma reviravolta. Na manhã desta quarta, quando sua instauração na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) seria definida, 6 deputados, ainda não revelados, retiraram apoio à abertura da comissão. A proposta da CPI é investigar ações e falhas no combate à violência contra mulher em Mato Grosso, estado com maior número de feminicídios no país.

 

Leia também – Deputada afirma que CPI não é único caminho de combate diante de retirada de assinaturas

 

Campos garantiu que não está entre os parlamentares que retiraram a assinatura para a instauração da CPI e defendeu a investigação.

 

“Não [retirei a assinatura], assinei e mantive. A essa altura da minha vida, quase 80 anos de idade, eu não faço esse tipo de coisa. Ninguém tem coragem de me pressionar. Eu acho que a Assembleia tem um papel vital, que é investigar as coisas que não estão acontecendo bem”, alegou o deputado.

 

O requerimento da CPI não avançou após uma articulação do governo do Estado. Na última terça-feira, Edna Sampaio se reuniu com o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), onde a administração estadual propôs, no lugar da CPI, a criação de uma Mesa Técnica para discutir o feminicídio no estado, pedido que foi recusado pela petista. Contudo, na tarde desta quarta Garcia afirmou que houve acordo.

 

Júlio Campos avaliou que a reunião foi um “erro” e cobrou independência da AL em relação ao governo do Estado.

 

“[A Assembleia] não tem que pedir benção para o governo. Parece que houve outros interesses que o governo ficou preocupado e resolveu fazer isso [uma pressão contra a CPI], mas eu não recebi por parte do chefe da Casa Civil, dentro do governo, nenhum pedido para retirar a assinatura”, explicou o deputado.

 

Vereador ofendeu prefeita

Júlio Campos condenou a fala do vereador Gilson da Agricultura (UB), que se referiu à prefeita Iraci Souza (PSDB) como “cachorra viciada em pedir voto” durante uma audiência da Câmara de Vereadores de Pedra Preta, e pediu uma punição do partido.

 

Eu acho que ele tem que ser pelo menos advertido, por escrito ou até mesmo com punição de 30 a 60 dias pelo mau comportamento por chamar uma prefeita, uma mulher, do jeito que ele chamou”, pontuou o deputado.

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