Barbudo diz que países criam narrativa para segurar agro brasileiro

Barbudo diz que países criam narrativa para segurar agro brasileiro
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Deputado criticou atuação do governo Lula que, segundo ele, trabalha contra o Agro

Victor Ostetti/MidiaNews

O deputado federal Nelson Barbudo, que se posicionou a favor do fim da moratória da soja

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O deputado federal Nelson Barbudo (PL), criticou a moratória da soja e afirmou haver uma “narrativa” de países europeus, que tem produtos com competitividade menor que os brasileiros, para frear a produção nacional.

 

A moratória traz um prejuízo muito grande para Mato Grosso, não podemos aceitar

“A moratória é porque o nosso produto tem uma competitividade muito grande e os outros países vem com essa história de não comprar soja de quem desmatou”, disse ao MidiaNews.

 

“Isso tudo é uma narrativa criada para tentar diminuir a nossa produção, porque queira ou não o Brasil está aumentando a produção, tendo recorde ano a ano e eles estão enxergando”, acrescentou.

 

Questionado se o fim da moratória facilitaria danos ambientais, o deputado disse que ninguém é favorável ao desmatamento ilegal, mas reiterou que o Brasil é um dos países que mais preservam no mundo e dos que possuem uma legislação ambiental mais rigorosa.

 

“Ninguém é favorável ao desmatamento ilegal, tudo tem que ser feito dentro da legalidade, mas eles querem por uma sanção em cima do produtor que não acho justo. A moratória traz um prejuízo muito grande para Mato Grosso, não podemos aceitar, que o pessoal de fora  imponha condições que nós devemos operar”, afirmou.

 

“Nós temos o código florestal mais severo do planeta e temos órgãos competentes, como Sema e Ibama, para fazer a fiscalização.  Agora, o cara quer vir de fora e falar o que a gente deve ou não fazer, eu não concordo”.

 

A Moratória da Soja é um acordo voluntário firmado em 2006 entre empresas exportadoras e organizações não governamentais, que restringe a compra de soja cultivada em áreas desmatadas da Amazônia após julho de 2008, mesmo quando o desmate ocorre dentro da legalidade.

 

Pensando em mitigar os efeitos desse acordo e a pedido do setor de agronegócio, a Assembleia aprovou em 2024 a lei nº 12.709, que proíbe a concessão de benefícios fiscais a empresas que aderem à moratória. No entanto, a medida foi suspensa pelo STF, que considerou a necessidade de avaliar a constitucionalidade da lei.

 

Nesta quarta-feira (23), representantes do setor produtivo, sociedade civil e diversos políticos mato-grossenses, incluindo deputados estaduais e senadores, estiveram em Brasília para debater a constitucionalidade da moratória e seus efeitos na economia nacional, especialmente em Mato Grosso. A audiência foi convocada pelo senador Wellington Fagundes (PL).

 

Governo Lula

 

O deputado criticou também a atuação do governo do presidente Lula (PT) e de seu ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), que, segundo ele, só atrapalham o agronegócio brasileiro.

 

A luta pelo fim da moratória da soja é atualmente defendido majoritariamente pela bancada de direita, principalmente de Mato Grosso.

 

“O governo Lula só atrapalha o agro e acho que ele não vai apoiar nunca o produtor. O Governo, pelo contrário, ele vai apoiar a moratória, pois apoiando a moratória ele prejudica o agro”.

 

“O governo atual vai tentar é ficar junto com essa ‘turma’ da moratória porque eles querem, na minha visão, é cercear o crescimento do agronegócio brasileiro”, encerrou.

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