TJ aponta que advogada tentou destruir provas e mantém prisão

TJ aponta que advogada tentou destruir provas e mantém prisão
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Hingritty Borges Mingotti está presa desde 12 de março; decisão é da Quarta Câmara Criminal

Montagem/MidiaNews

O desembargador Hélio Nishiyama, que votou para manter a prisão de Hingritty Borges Mingotti (no detalhe)

O desembargador Hélio Nishiyama, que votou para manter a prisão de Hingritty Borges Mingotti (no detalhe)

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou habeas corpus e manteve a prisão da advogada Hingritty Borges Mingotti, acusada de colaborar com ações  criminosas de uma facção no Estado.

Sugere sua colaboração com a organização criminosa voltado ao crime de venda de entorpecentes

 

A decisão foi tomada pela Quarta Câmara Criminal em sessão realizada na tarde desta quarta-feira (17). Os desembargadores seguiram por unanimidade o voto do relator, Hélio Nishiyama.

 

A advogada está presa desde 12 de março, quando foi alvo da Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil.

 

No habeas corpus, a defesa alegou que todos os atos praticados pela advogada foram em pleno exercício da profissão, sustentando que ela teria direito à extensão da decisão que concedeu liberdade ao advogado Tallis de Lara Evangelista, que também foi alvo da operação.

No voto, o relator  citou que durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Hingritty foram encontrados R$ 144 mil em espécie, além de diversas anotações a respeito de tráfico de drogas e contabilidade do grupo criminoso.

 

E destacou que ela, inclusive, teria tentando destruir tais provas. Fatos esses, conforme Nishiyama, que não foram imputados ao acusado Tallis de Larta Evangelista.

 

“Embora a defesa insista na tese de que a paciente foi presa única e exclusivamente por praticar o exercício de sua função de advogada, a guarda de expressiva quantidade de dinheiro em espécie e anotações a respeito do tráfico de drogas e da contabilidade do grupo criminoso não são atividades legitimas da advocacia criminal. Pelo contrário, sugere sua colaboração com a organização criminosa voltado ao crime de venda de entorpecentes”, afirmou.

 

“Naquele caso [ decisão a favor de Tallis] não foi encontrado com o paciente expressiva quantidade de dinheiro em espécie, tampouco anotações de tráfico de drogas, nem mesmo informação que ele tenha tentado destruir elementos de provas”, acrescentou.

 

A operação

 

Além Hingritty e Tallis, também foram alvos os advogados Roberto Luís de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e o policial militar Leonardo Qualio.

 

E ainda três líderes da facção, que já se encontravam detidos em um presídio da Capital.

 

A investigação da Delegacia de Tapurah aponta que os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos quatro advogados e ao policial, que realizavam diversas tarefas para além da atividade jurídica legal. Conforme os investigadores, eles atuaram à margem da lei com o propósito de embaraçar investigações, repassar informações da atuação policial em tempo real, auxiliar em crimes graves, como tortura, realizando o levantamento de dados das vítimas.

 

Ainda intermediaram a comunicação entre os líderes da organização criminosa, que estão presos, com outros integrantes que estão soltos.

 

Todos são réus na Justiça por associação criminosa para a produção e tráfico, tráfico de drogas e organização criminosa.

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